Berlau "Midnight in Blefuscu"

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Music: Berlau, taken from the album Berlau III, 2016,
http://berlau.bandcamp.com/album/berlau-iii.


FICHA TÉCNICA
Música: BERLAU “Midnight in Blefuscu”
Realização e edição: Play Bleu
Direção artística: Cristina Mendanha
Intérpretes: Fernando Ramalho & Gabriela Barros
Filmagens: Barreiro & Braga


PORTUGAL 2016

"O desejo de fuga foi sempre uma parte importante do universo utópico dos blues. Um eloquente exemplo disso são os versos que abrem a magnífica canção «Down the Dirty Road Blues», gravada por Charley Patton em 1929: «I’m goin’ away, to a world unknown / I’m worried now, but I won’t be worried long.» A esperança no desconhecido, seja outra cidade, outro país, a nação índia, ou mesmo a morte, é a outra face da deserção de um quotidiano demasiado angustiante. Também em tantos livros que nos povoam a memória, a opção dos autores pela imaginação de lugares inexistentes parece seguir essa mesma lógica: o mundo real é insuficiente para as palavras que queremos dizer, para os cenários em que nos queremos mover, para as personagens que queremos ser. O que aqui se procura esboçar é uma possível banda sonora para uma viagem por alguns desses lugares imaginários."
Fernando Ramalho

Composto, tocado e produzido por Fernando Ramalho, em Outubro e Novembro de 2016, no Barreiro. http://berlau.bandcamp.com/album/berlau-iii
released November 9, 2016

Projecto Cristina Mendanha

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REALIZAÇÃO
Play Bleu

Cristina Mendanha

ARTE TOTAL
Mercado Cultural do Carandá

digging "GUELRA" ARMANDO PINHO ARTE TOTAL 2016

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DIGGING
Guelra

Armando Pinho
17
JUNHO

19h
ARTE TOTAL
Mercado Cultural do Carandá

digging
"GUELRA" ARMANDO PINHO
ARTE TOTAL 2016

FICHA TÉCNICA  

Concepção e interpretação: Armando Pinho 
Supervisão Artística: Cristina Mendanha 
Concepção de Vídeo e Imagem: Play Bleu 
Consultoria de movimento: David Ramalho 
Apoio dramatúrgico e consultoria: Sandra Andrade 
Assistência de produção: Monique Augusto e Emília Correia 
Agradecimento: Sr. Aníbal Afonso (cedência de espaço para o vídeo)
http://fotografiaplaybleu.blogspot.pt/


DIGGING

“Eu abandono Roma…”
Abandonar é deixar ao desamparo, deixar só, sem protecção, é largar, renunciar, esquecer, não fazer caso, pôr à margem.
Abandono quando deixo uma pessoa, uma coisa, um lugar, uma função.
Abandono e sou abandonado. Abandono-me e deixo-me abandonar.
O abandono é um estado, uma condição, um lugar.
Há lugares abandonados, lugares de abandono, lugares do abandono. Todos os lugares do abandono são feridas que calam e falam, ocultam e denunciam, abrem passagens para outros espaços e tempos. Nestes lugares abrem-se fendas que ligam exterior e interior, enigmas que intrigam e seduzem.
Os lugares do abandono fazem-me cavar fundo. Cavo por demanda e esquecimento e rasgo a ferida, que não a consigo suturar. I dig holes, I dig graves. E abandono-me ao seu fascínio, pelo seu brilho e sua negritude de abismo.
Jean-Luc Nancy explica, em “L’être abandonnée”, que o abandono é a condição de existência. Nascemos no abandono; somos definidos e destinados pelo abandono. Sempre o soubemos, de resto: Prometeu foi abandonado por ter roubado e partilhado sabedoria; Édipo e Moisés são filhos do abandono; Cristo é salvador por ter sido abandonado (Eli, Eli, lama sabactáni).
O fascínio da existência reside todo na ferida do abandono.
Abandono e amor estão interligados. Se só o amor abandona, será então na possibilidade do abandono que se conhece a do amor: “La seule loi de l’abandon, comme celle de l’amour, c’est d’etre sans retour et sans recours.”
Mas o abandono é também estado de liberdade. O abandonado, aquele que é posto à margem, o excluído, o fora da lei, fora da normalidade é, ao mesmo tempo, o libertado, o que se abre a todas as possibilidades. Os lugares do abandono são, por isso, lugares de desvio, contradição, destabilização, que confundem realidade e ilusão, matéria e potência.
O abandonado entrega-se à sua própria voz, à terra, ao presente, ao acontecimento… and just keep digging.
“Alguém abandona tudo.”


Armando Pinho

RUI(N)DO # BARREIRO | 5 Nov - 19:00

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RUI(N)DO
uma criação de Valentina Parravicini
Fernando Ramalho
Play Bleu
05
NOVEMBRO
19h
ADAO - OPEN DAY 6.0
av. da índia, 168 
lisboa - belém
Rua da Recosta 1 - Barreiro 
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em colaboração com:
c.e.m - centro em movimento - Lisboa
Arte Total - Braga
Karnart C.P.O.A.A. - Lisboa
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Rui(n)do é um projecto financiado pela:
Fundação Calouste Gulbenkian - Programa de Língua e Cultura Portuguesas
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Apoio:
Câmara Municipal de Lisboa
Polo Cultural Gaivotas | Boavista
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Rui(n)do é um projeto composto pela co-criação em sincronia de um solo de dança, uma composição sonora e uma peça de vídeo. O som, elaborado a partir da recolha e manipulação das sonoridades existentes na cidade, e o vídeo, inspirado no trazer à imagem aquilo que emerge da invisibilidade quotidiana, criam uma paisagem atmosférica, enquanto a dança se debruça sobre o aparecer em corpo da experiência de cidade.

Rui(n)do procura dar conta de uma leitura da cidade que torne visível a potência transformadora de um viver através das ruínas, questionando o lugar do corpo num exercício que reconfigura o espaço, alterando as possibilidades de escuta-pensamento-ação de quem nele habita.

Residência Artística Peter Michael Dietz & Play Bleu

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Residência Artística
Peter Michael Dietz
&
Play Bleu
03 e 08
OUTUBRO
2016
 
Inauguração da Exposição de Fotografia deste trabalho no dia 8, sábado, nos CTT de Escalos de Baixo, às 15h.

# Produção:
c.e.m - centro em movimento - Lisboa
Câmara Municipal de Castelo Branco

[X]Realização do trailer Play Bleu